Manter as finanças pessoais em ordem evita estresse e garante estabilidade para você e sua família.
Dados recentes do Serasa mostram que, em outubro de 2024, o Brasil atingiu a marca de 73,10 milhões de pessoas endividadas. Esse número reforça a necessidade de atenção redobrada ao orçamento doméstico.
Em abril de 2025, 77,6% das famílias brasileiras possuíam algum tipo de dívida, sendo que 55,4% comprometiam entre 11% e 50% da renda, enquanto 20,5% ultrapassavam metade dos rendimentos mensais.
A faixa etária mais impactada concentra-se em brasileiros entre 41 e 60 anos (35,1%), seguida pelos de 26 a 40 anos (34%), acima de 60 anos (19,2%) e jovens de 18 a 25 anos (11,8%). Esse cenário reflete o desafio de equilibrar obrigações financeiras e necessidades diárias.
Especialistas em finanças recomendam que o comprometimento com dívidas não ultrapasse 30% da renda líquida mensal. Esse percentual agrega todas as modalidades de crédito, garantindo capacidade de pagamento saudável e reduzindo o risco de inadimplência.
Além da orientação técnica, a Lei nº 14.431/2022 estabelece margem consignável de até 40% da renda líquida (35% para empréstimos e 5% para cartão de crédito consignado). Para aposentados e pensionistas do INSS, esse limite pode chegar a 45%.
Conhecer cada modalidade ajuda a escolher o crédito ideal e diminuir o impacto de juros elevados no orçamento.
O cálculo é simples: some todas as parcelas mensais de dívidas (cartão, empréstimos, financiamentos) e divida pelo valor da renda líquida.
Por exemplo, se sua renda líquida for R$ 5.000 e as dívidas somarem R$ 1.200 mensais, o comprometimento é de 24%.
Manter esse indicador abaixo de 30% permite proteger a saúde financeira familiar e reservar recursos para emergências.
Superar o limite de 30% pode gerar um efeito “bola de neve”, em que juros altos e multas tornam o pagamento ainda mais difícil.
Seguir hábitos saudáveis de organização e planejamento é fundamental para manter as contas em dia e evitar surpresas no fim do mês.
Investir em conhecimento sobre gestão de finanças pessoais fortalece a tomada de decisão e reduz a vulnerabilidade a ofertas de crédito inadequadas.
Cursos gratuitos, aplicativos de controle financeiro e workshops comunitários podem ajudar a transformar hábitos e promover longo prazo de equilíbrio financeiro.
Adotar o limite de 30% de comprometimento é um passo sólido para estabilidade financeira, evitando a pressão dos juros e garantindo tranquilidade mesmo em cenários econômicos desafiadores.
Referências